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Depois de termos assistido à primeira mão do jogo entre City e Barça em Manchester e de ver como o jogo correu, não podemos deixar de seguir a segunda mão.
Ao contrário do que foi repetido dias depois da vitória do Barça na primeira mão, não consideramos a eliminatória resolvida. A forma como a equipa de Pellegrini fez frente à equipa de Tata Martino dava a entender que mesmo que a eliminatória fosse decidida em Camp Nou, o City ainda tinha uma palavra a dizer.
A abordagem da equipa inglesa, na primeira parte, foi diferente da forma como começou em casa. O Barça dominou claramente grande parte dos primeiros 45 min e o City deixou jogar, conseguindo várias vezes dar o ar de sua graça em contra-ataque. Neymar andou endiabrado e eclipsou Messi, que uma vez mais esteve muito apagado. O City, ainda assim, para quem tinha de virar a eliminatória, fez muito pouco nesta primeira parte. Aguero pareceu sempre demasiado sozinho, Yaya Touré caiu na teia criada pelo meio campo do Barcelona não conseguindo ser influente e decisivo e Silva e Nasri – os dois criativos – pouco ou nada criaram para fazer a diferença.
A segunda parte foi completamente diferente! As equipas entraram com a baliza na mira e as oportunidades flagrantes de golo foram muitas, tornando os primeiros 15 min muito intensos. O City ainda conseguiu ser mais perigoso, usando Milner e a ala direito do ataque para o conseguir, e ainda aproveitando o virtuosismo de Fernandinho e Yaya Toure, bem mais soltos no segundo tempo. Mas tal como aconteceu na primeira mão, e uma vez mais contra a corrente do jogo, Messi aparece, depois de mais um erro individual de Lescott, e com uma classe tremenda faz o golo e deixa cair por terra as ambições do Manchester City. O jogo daqui para a frente perdeu toda a emoção, Zabaleta foi expulso e o Barça dominou totalmente o encontro. Já a finalizar, dois golos para cada lado, que nada vieram mudar o rumo do jogo.
O Barcelona mostrou, uma vez mais, que na fase a eliminar da Champions a experiência conta muito e o City, mesmo sendo uma equipa de grande qualidade e estando em claro crescimento, necessitará de ganhar estaleca para poder ombrear com os principais tubarões da liga milionária.
Depois de 2 meses de interrupção, a Liga dos Campeões voltou, finalmente, e não haveria melhor forma de recomeçar do que com um jogo entre Manchester City e Barcelona, duas das equipas que melhor futebol praticam actualmente. À partida não tinha preferência, uma vez que sou adepto do United e do Real Madrid, por isso, estava à espera apenas de bom futebol. Fiquei um pouco desiludido com Pellegrini quando vi o onze inicial do City, apesar de achar que contra uma equipa como o Barcelona há que tomar cuidados. Começar com Kolarov a médio, optando por um sistema muito mais conservador, ainda para mais jogando em casa, não me inspirou muita confiança.
O jogo não começou bem para o City. A equipa inglesa começou por defender muito atrás, dando espaço ao Barcelona para trocar a bola quase na área adversária, as saída de bolas rapidamente se tornavam perdas e notava-se uma nervosismo normal numa equipa pouco habituada a estas andanças na Liga Milionária. Para percebemos o domínio do Barcelona, nos primeiros 15 minutos, a posse de bola marcava 73% para equipa Catalã e 27% para a equipa do City e não estava fácil conseguir passar a linha de meio campo. Mas não é por acaso que o Manchester City é, neste momento, a melhor equipa de Inglaterra. E em pouco tempo o mostrou: Negredo cresceu, fez uma primeira parte muito positiva, sempre em constante movimento, com Mascherano sempre em cima dele e só pecou mesmo na finalização, pois oportunidades para marcar foram pelos menos duas. O City, em pouco tempo, subiu o bloco e começou a pressionar alto, a jogar apoiado, com Yaya Touré e Fernandinho muito ativos no meio campo. O Barça foi perdendo o fulgor inicial, mas Xavi e Iniesta foram dando um ar da sua graça numa primeira parte em que Leo Messi esteve muito apagado.
A segunda parte começou como acabou a primeira: jogo dividido, as duas equipas a mostrar que podiam chegar ao golo e, do nada, o Barça ganha um penalti numa falta de Demichelis sobre Messi. O lance fica manchado, uma vez que a bola é recuperada em falta sobre Navas e a falta do central argentino do City é fora da grande área. Messi, que até então não tinha aparecido, marca um golo e em dois minutos o Barça vê-se em vantagem no marcador e a jogar com mais um. Pellegrini teve de mexer. Coloca Lescott (percebo agora porque razão Demichelis ganhou a titularidade ao inglês) e Nasri e o City ganha um novo alento, mantendo-se muito perigoso, com Touré e um diabólico David Silva a conduzirem a equipa à procura do golo e com Valdés à altura destes dois, fazendo grandes defesas e não deixando o City igualar a partida. Já a acabar e sem fazer muito por isso, numa desatenção da equipa do City e já com Neymar em campo, o Barça chega ao 2-0 numa jogada de entendimento entre este último e Dani Alves (para que serviu afinal Kolarov?) que a meu ver quase decide a eliminatória.
Acabou por ser um excelente jogo, com excelente ambiente, tanto nas bancadas como no próprio terreno de jogo, ajudando o facto de a equipa de Manchester ter vários jogadores espanhóis, mas que condenou o City a uma derrota que, ainda que não seja definitiva, vai ser extremamente difícil de virar. O Barcelona, com o seu futebol paciente, mas também cada vez mais aborrecido, vence e tem apenas de gerir o resultado em Espanha, para seguir em frente. Amanhã há mais. E não temos dúvida que será de igual ou melhor qualidade. Afinal a Liga dos Campeões é mesmo isto!
Recentemente apercebi-me o quão contente anda Mourinho nestes últimos 8 meses. Poderia achar que se devia ao facto do Chelsea ser líder da Premier League, de Hazard estar a praticar um futebol fantástico ou por a sua equipa estar a fazer uma série de bons resultados. Mas não acho que é só isso que faz José Mourinho sorrir. Mourinho está em casa, está num país onde o tratam como um rei, onde a imprensa não o ataca dia sim dia sim – como acontecia em Espanha –, está num clube que lhe dá todas as condições para ser o melhor e num ambiente que ele conhece bem e que sabe “manipular”.
Ao contrário do que acontecia em Espanha, onde a rivalidade com o Barcelona se tornava doentia, em Inglaterra Mourinho tem adversários que o respeitam tornando tudo mais amigável. Não nos podemos esquecer que, apesar de toda a rivalidade existente, por exemplo com o Arsenal ou com o Manchester United, Mourinho nunca deixou de ir beber um copo de vinho com Sir Alex Fergunson sempre que as suas equipas se defrontavam, elogiou várias vezes Arsène Wenger e deu ainda alento ao mal-amado David Moyes. Nada disto aconteceria em Espanha, com Barcelona ou Atlético de Madrid, porque a cultura do futebol é simplesmente diferente.
Quanto ao futebol jogado o Chelsea é, a meu ver, a melhor equipa da competição – a par de City e Arsenal. E apesar do treinador português colocar apenas a equipa de Pellegrini e Wènger na luta e com obrigações de ganhar o título, está à vista de todos que o Chelsea é também um sério candidato. O melhor exemplo disso foi a mais recente vitória sobre o Manchester City. Mourinho ludibriou o treinador dos Citizens, fê-lo entrar nos seus tão famosos “mind games” e, enquanto toda a gente esperava um Chelsea com o autocarro estacionado à frente da sua baliza de forma a anular o carrossel ofensivo do City, Mourinho trocou as voltas a toda a gente: colocou David Luiz na frente da defesa juntamente com Matic e ambos anularam completamente Yaya Touré, o grande cérebro deste City, garantindo ao Chelsea um grande resultado.
José Mourinho está, portanto, de volta. Rodeou-se de jogadores que o adoram e que sabem que podem contar com ele para tudo, rodeou-se de uma estrutura forte que lhe dá garantias de sucesso, rodeou-se de uma massa adepta que o idolatra e de uma comunicação social que o admira. O velho Mourinho está de volta. E que bom que é ver isso…
Nas últimas quatro temporadas Pinto da Costa lançou 3 jovens treinadores, todos eles no início da sua carreira futebolística como treinadores principais e todos eles a tentar estabelecer um estilo de jogo próprio. Desses três, André Villas Boas foi sem dúvida o mais marcante. O Porto tornou-se uma equipa dominadora, mandava em todos os sectores do jogo, asfixiava o adversário e o resultado era um futebol harmonioso e fluído. Além disso, Villas Boas trouxe uma raça e uma dedicação que muito provavelmente não víamos desde os tempos de José Mourinho e passava isso mesmo aos jogadores. Éramos invencíveis, capazes de vencer qualquer adversário ou virar qualquer eliminatória. Depois da sua saída, Pinto da Costa optou por apostar na continuidade. Vítor Pereira tinha sido adjunto de André Villas Boas e estava mais que familiarizado com a equipa. Pensámos que o Porto ia manter-se mas tal como qualquer treinador que se está a estabelecer, Vítor Pereira queria também dar o seu toque à equipa. O futebol do Porto perdeu a beleza e a harmonia, mas ganhou posse de bola e segurança defensiva e quer se goste ou não, Vítor Pereira foi Bicampeão e perdeu apenas um jogo em dois anos. Apesar disso, a sua relação com os adeptos nem sempre foi a melhor e o facto de ser um péssimo comunicador, foi sempre um entrave ao seu sucesso no clube.
Surgiu então Paulo Fonseca. Tal como os dois anteriores, estava a dar os primeiros passos como treinador principal, tinha colocado o Paços de Ferreira nas competições europeias e potenciou vários jogadores da sua equipa, praticando um futebol ofensivo e agradável. Parecia que tínhamos tudo para fazer uma excelente temporada. O Porto estava a movimentar-se bem no mercado, algumas exibições dos reforços entusiasmavam os adeptos e a forma como Paulo Fonseca falava cá para fora era claramente diferente de Vítor Pereira. Tínhamos finalmente um treinador que era um excelente comunicador. A inversão do triângulo no meio-campo dava a sensação que tinha como evoluir e mesmo com a saída de jogadores influentes como James e Moutinho, a entrada de Quintero e de Herrera pareciam suficientes para, num futuro próximo, colmatar a saída dos dois primeiros. Passada meia época o balanço não poderia ser pior. O Porto é terceiro, está fora da Liga dos Campeões, pratica um futebol sofrível e sem ideias, deixou sair Lucho Gonzalez e Otamendi, que até então era uma dos patrões da nossa defesa, está dispensado. Temos dois laterais que por não terem concorrência estão completamente acomodados, temos falta de extremos, tendo na equipa apenas Varela e Quaresma e contratações como Ghilas, Quintero e Herrera teimam em não acertar com a equipa. Olhamos para a frente, e temos medo do que poderá trazer o final da época.
Não atribuo apenas a culpa a Paulo Fonseca. Parece-me óbvio que há muita responsabilidade por parte da SAD. A equipa foi mal planeada, foi gasto demasiado dinheiro em jogadores que são apenas alternativas aos habituais titulares e o "caso Otamendi" está claramente a ser mal gerido. Para além disto, Lucho Gonzalez devia ter sido persuadido a ficar e o "caso Fernando" foi arrastado durante demasiado tempo.
Haverá ainda tempo para dar a volta? Acho que não, são demasiados problemas a resolver. O mais fácil seria contratar já um treinador e coloca-lo a preparar a nova temporada, mas sabemos perfeitamente que não é assim que as coisas funcionam no reino do Dragão. Resta-nos esperar para ver...
JDuarte - O Betola Portista
O RealMadrid apresentou esta semana um projeto para remodelar e tornar o Santiago Barnabeu no maior estádio do Mundo.
Trata-se de um investimento de cerca de 400 Milhões de euros, que prevê um aumento de 30 por cento das receitas atuais de exploração do estádio.
As Empresas responsaveis pelo projeto serão a alemã GMP Architekten, e a L35 Ribas, curiosamento, uma empresa catalã, irónico hum?!
A inauguração está prevista para 2017, e o estádio contará com novas instalações de treinos bem como um Shopping e um Hotel (nós por aqui, enquanto hoteleiros achamos especialmente interessante a parte do hotel...)
Trata-se sem dúvida de um grande projeto que prova o poderio do Real Madrid ao mundo e o afirma como o clube All Stars. Cá para nós, o que interessa é que o clube madrileno vai dar ao Melhor Jogador do Mundo, a possibilidade de poder pisar...o Melhor Palco do Mundo.
Vejam o projecto em video, aqui: