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Depois de 2 meses de interrupção, a Liga dos Campeões voltou, finalmente, e não haveria melhor forma de recomeçar do que com um jogo entre Manchester City e Barcelona, duas das equipas que melhor futebol praticam actualmente. À partida não tinha preferência, uma vez que sou adepto do United e do Real Madrid, por isso, estava à espera apenas de bom futebol. Fiquei um pouco desiludido com Pellegrini quando vi o onze inicial do City, apesar de achar que contra uma equipa como o Barcelona há que tomar cuidados. Começar com Kolarov a médio, optando por um sistema muito mais conservador, ainda para mais jogando em casa, não me inspirou muita confiança.
O jogo não começou bem para o City. A equipa inglesa começou por defender muito atrás, dando espaço ao Barcelona para trocar a bola quase na área adversária, as saída de bolas rapidamente se tornavam perdas e notava-se uma nervosismo normal numa equipa pouco habituada a estas andanças na Liga Milionária. Para percebemos o domínio do Barcelona, nos primeiros 15 minutos, a posse de bola marcava 73% para equipa Catalã e 27% para a equipa do City e não estava fácil conseguir passar a linha de meio campo. Mas não é por acaso que o Manchester City é, neste momento, a melhor equipa de Inglaterra. E em pouco tempo o mostrou: Negredo cresceu, fez uma primeira parte muito positiva, sempre em constante movimento, com Mascherano sempre em cima dele e só pecou mesmo na finalização, pois oportunidades para marcar foram pelos menos duas. O City, em pouco tempo, subiu o bloco e começou a pressionar alto, a jogar apoiado, com Yaya Touré e Fernandinho muito ativos no meio campo. O Barça foi perdendo o fulgor inicial, mas Xavi e Iniesta foram dando um ar da sua graça numa primeira parte em que Leo Messi esteve muito apagado.
A segunda parte começou como acabou a primeira: jogo dividido, as duas equipas a mostrar que podiam chegar ao golo e, do nada, o Barça ganha um penalti numa falta de Demichelis sobre Messi. O lance fica manchado, uma vez que a bola é recuperada em falta sobre Navas e a falta do central argentino do City é fora da grande área. Messi, que até então não tinha aparecido, marca um golo e em dois minutos o Barça vê-se em vantagem no marcador e a jogar com mais um. Pellegrini teve de mexer. Coloca Lescott (percebo agora porque razão Demichelis ganhou a titularidade ao inglês) e Nasri e o City ganha um novo alento, mantendo-se muito perigoso, com Touré e um diabólico David Silva a conduzirem a equipa à procura do golo e com Valdés à altura destes dois, fazendo grandes defesas e não deixando o City igualar a partida. Já a acabar e sem fazer muito por isso, numa desatenção da equipa do City e já com Neymar em campo, o Barça chega ao 2-0 numa jogada de entendimento entre este último e Dani Alves (para que serviu afinal Kolarov?) que a meu ver quase decide a eliminatória.
Acabou por ser um excelente jogo, com excelente ambiente, tanto nas bancadas como no próprio terreno de jogo, ajudando o facto de a equipa de Manchester ter vários jogadores espanhóis, mas que condenou o City a uma derrota que, ainda que não seja definitiva, vai ser extremamente difícil de virar. O Barcelona, com o seu futebol paciente, mas também cada vez mais aborrecido, vence e tem apenas de gerir o resultado em Espanha, para seguir em frente. Amanhã há mais. E não temos dúvida que será de igual ou melhor qualidade. Afinal a Liga dos Campeões é mesmo isto!