Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Vocês sabem que defendemos o Porto com unhas e dentes mas isto de viver numa cidade fantástica como esta torna-nos ainda mais exigentes.
O que quero passar hoje está preso, obviamente, com a minha exigência que acha inadmissível a quantidade de crateras que as ruas desta cidade têm.
Conduzo há apenas 3 anos mas não me recordo de um ano tão mau para as estradas portugueses. O meu carro tem medo de sair de casa, não vá encontrar por aí algo mortífero. É que conduzir passou a ser uma verdadeira aventura na... Lua. Na Lua porque neste momento as estradas devem estar quase ela por ela com o nosso satélite no que toca à quantidade de crateras presentes no solo.
Descobri que, para além da visão periférica e frontal, um condutor deve, nos dias de hoje, ter acima de tudo visão “inferior”, como quem diz olhos postos no chão.
Saio de casa em direcção a qualquer lado e sinto-me a jogar o jogo da serpente, – lembram-se do mítico jogo dos Nokia? Que saudades! – desvia aqui, desvia ali...cuidado “olha que ias bater naquele carro” e “já estou enjoada” dizem os penduras da minha vida. Não há nada que possa fazer: ou os enjoos dos penduras ou a saúde dos meus pneus, que por sinal são novos.
Quero portanto, em nome de todos os carros e carteiras – sim porque não fica barato trocar de pneus – dos portuenses mostrar o meu desagrado e medo em sair à rua! É isto alguma medida para fomentar o uso de transportes públicos? É que não parece estar a resultar. De facto é capaz de resultar mais para as empresas de comércio de pneus. Ah, se calhar isto é tudo culpa do “Rei dos Pneus”.
Publicamente, peço aqui a todos os nossos autarcas que façam o que estiver ao vosso alcance para melhorar esta situação. Podem sempre criar um gabinete para “crateras” ou então se calhar mudar de marca de alcatrão. Sei lá, um com menos areia. Mais à homem. É que já não se aguenta tanto desvio.
Por: Tiago Pinto